quarta-feira, junho 27, 2007

words

Cada dia me apavoro mais com a minha total incapacidade de externar as palavras. Guardando tudo o que deveria ser dito em um quartinho fechado na mente, esperando o momento em que elas devem ser ditas. E o momento aparece, não percebo, e ele passa... Em alguns casos ele nem chega.

Acho que medo. Medo de ser má compreendida. Medo do que virá.

Talvez minha baixa auto estima tenha criado uma armadura feia. E ela é pura e simplesmente o fato de sempre esperar primeiramente o desapontamento. Meu sempre presente pessimismo fez com que qualquer migalha fosse aceita como vitória. Vitória? Não quero mais me contentar com pouco! Quero a expectativa de grandes feitos, acontecimentos e também a concretização deles. Não deu? Grande bosta! Devo aceitar a - neste caso - inesperada derrota e partir para outra.

Mas estou aprendendo. Devagar, mas aprendendo. Se as palavras ainda não aparecem por completo, tentam deixar o temor de lado, dão sua escapada e uma espiadinha no ambiente. As vezes acabam sendo percebidas. Qualquer dia elas arrebentam a porta e aparecem inteiras. Virão em frases, e não se importarão com uma coisa tão pífia quanto o medo.

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